O líder parlamentar do PS afirmou que os ex-governantes socialistas Mário Lino, António Mendonça e Paulo Campos, alvos de buscas domiciliárias da PJ, «não estão incriminados de nada» e que essa investigação «é do estrito domínio da justiça».

«Essas três pessoas estão a ser investigadas, não foram incriminadas de nada e, portanto, estando a ser investigadas, o processo é do estrito domínio da justiça, não tem nenhum nível de apreciação política, porque do ponto de vista político as três pessoas que referiu são absolutamente inocentes», declarou Carlos Zorrinho aos jornalistas no Parlamento.

Questionado pelos jornalistas sobre se este caso está a incomodar o PS, o presidente do grupo parlamentar socialista respondeu: «Dentro do partido é evidente que isso não cria nenhum mal-estar, não é agradável certamente para as pessoas, mas como estou a dizer são três pessoas neste momento absolutamente inocentes e que não foram incriminadas de nada».

Zorrinho disse ainda que o PS está a tratar este caso «como sempre tratou» estes assuntos, «separando bem o que é da política e o que é da justiça». «Isso nós sempre fizemos e faremos», enfatizou.

Já interrogado sobre uma eventual ausência do Parlamento do deputado socialista e ex-secretário de Estado das Obras Públicas Paulo Campos, o líder parlamentar do PS respondeu que se este não está presente, «certamente justificará a sua falta».

«Não faço a mínima ideia, mas Paulo Campos é um deputado de pleno direito. Há uma linha que separa a justiça da política: sobre a política eu falo, a justiça eu respeito», referiu.