O secretário-geral do PS recusou-se hoje a fazer qualquer comentário sobre o processo de licenciatura do ministro Miguel Relvas, alegando que o esclarecimento dessa questão cabe ao membro do Governo e à universidade em causa.

No final da visita à Direção Regional de Lisboa e Vale do Tejo do Instituto de Emprego e Formação Profissional, o secretário-geral do PS foi questionado por duas vezes sobre o processo de licenciatura em ciência política e relações internacionais do ministro Adjunto e dos Assuntos Parlamentares, Miguel Relvas, na Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias em Lisboa.

«Hoje só vou falar sobre emprego, porque quero dedicar este dia a um debate sério e aprofundado sobre a situação de muitos portugueses. Temos um nível elevadíssimo de desemprego e quero ouvir personalidades que ajudarão o PS a robustecer as propostas que o partido está a apresentar», começou por responder António José Seguro.

Perante a insistência de outra jornalista na questão referente ao processo de licenciatura de Miguel Relvas, o líder socialista disse: «O que há a esclarecer sobre essa matéria deve ser esclarecido pelo ministro em causa e pela universidade em causa».

Segundo a edição de hoje do jornal «Público», o currículo profissional de Miguel Relvas no exercício de diversos cargos públicos permitiu-lhe concluir a sua licenciatura em ciência política e relações internacionais, na Universidade Lusófona, em pouco mais de um ano.

Com o mesmo argumento de que apenas falava sobre matérias relacionados com emprego, António José Seguro também se recusou a fazer qualquer comentário à decisão do Supremo Tribunal Administrativo de decretar a perda de mandato do presidente da Câmara de Faro, o social-democrata Macário Correia.