“Do mal, o menos”, pensam Portimonense e Estrela da Amadora no final do jogo deste sábado. O empate a um golo espelha o equilíbrio – nos primeiros 30 minutos, os algarvios não estiveram bem, mas souberam melhorar ao longo da partida.

O Estrela entrou melhor. Apesar de estar a jogar em casa, o Portimonense voltou a demonstrar as fragilidades que têm caracterizado a sua época até agora.

Os algarvios davam a ideia de serem uma equipa nervosa, hesitante, com dificuldades em ligar o jogo – e na partida de hoje esses traumas vieram ao de cima logo cedo.

O Estrela era o oposto: uma equipa confiante que dominava e que, com naturalidade, chegou ao golo ao minuto 15.

Uma boa jogada acabou com um cruzamento de Aloísio Souza para a desmarcação de Ronald.

A defesa do Portimonense ficou à espera do fora de jogo e o avançado aproveitou a oferta: o cabeceamento, bem colocado, só parou no fundo das redes.

Depois do golo, os tricolores continuaram a dominar – o primeiro remate do Portimonense foi apenas aos 25 minutos e nem perigo levou porque o “tiro” de Luan saiu muito ao lado.

Mas o futebol tem destas coisas: mesmo não jogando bem, os algarvios equilibraram um pouco a partida e haviam de chegar ao empate, num lance de bola parada.

Um canto, batido pela esquerda, encontrou Relvas solto que cabeceou para defesa de Bruno Brígido. Na recarga, Dener – regressado ao Portimonense – não desperdiçou e fez o empate (39m).

Ao intervalo, ambos os treinadores mexeram: Paulo Sérgio fez entrar Jasper e Pedrão e Sérgio Vieira o médio Kikas.

Depois do domínio dos visitantes na primeira parte, a segunda foi pautada por um maior equilíbrio.

Aliás, em abono da verdade, as melhores oportunidades até seriam de um Portimonense que apareceu mais solto.

Nas alas, Jasper e Hélio iam dando trabalho aos defesas do Estrela. Ao minuto 54, o recém-entrado extremo alvinegro entrou na área sem oposição e não reparou que, no meio, tinha jogadores soltos de marcação.

Jasper optou pelo remate, mas a bola foi às malhas laterais.

O Estrela, por sua vez, podia ter marcado numa asneira de Alemão (59m) que entregou o esférico nos pés de Ronaldo Tavares. O avançado, perante Nakamura, rematou por cima, na melhora chance de todo o segundo tempo.

Até final, ambas as equipas tentaram o golo – o lado esquerdo do Portimonense, com a dupla Gonçalo Costa-Hélio, ia dando trabalho, mas sem grande perigo. O Estrela podia ter marcado, aos 84m e 89m, mas os intentos de Kikas e Ndour foram infrutíferos.

No final, o resultado ajustou-se.