A figura: Nani

Sem Cristiano Ronaldo por perto, chamou a si grande parte dos holofotes da partida. Assinou o segundo da noite, culminando uma bela combinação com João Moutinho, e já antes tinha obrigado o guarda-redes a defender com bastante dificuldade. Esteve à beira de «bisar», com um cabeceamento à trave, na segunda parte, e sempre que tinha a bola o perigo espreitava, apesar de, por vezes, não ter optado pela melhor finalização.

O momento: expulsão de Joachim

Era grande o ponta-de-lança do Luxemburgo. Não tão grande em termos de qualidade futebolística, mas incomodava. Tanto que se excedeu sobre André Almeida e foi para a rua ainda antes da meia hora de jogo. A partir daqui estava quebrada a resistência luxemburguesa. Se com 11 esta difícil segurar Portugal, com 10 ficou mesmo impossível. Varela marcou logo a seguir, Nani pouco depois.

Outros destaques:

Varela

Foi ele quem encontrou o caminho para as redes do grão-ducado e acabou, por fim, com o recital de defesas do guarda-redes Joubert. «Serpenteou» entre a defesa, passou o próprio guardião, e fez o primeiro, num assomo de eficácia.

João Moutinho

Excelente a «tabela» e assistência de calcanhar para Nani. Afinal, tudo parece tão simples e objetivo quando corre bem. Mas não foi só isso. O médio do Mónaco jogou sempre a altas rotações, coordenando toda a manobra a meio-campo, construindo jogadas de ataque, e aproveitando bem os espaços para combinar com os colegas. Aliás, foram dele as assistências para os três golos da noite. Impressionante! 

Josué

Estreia cheia de personalidade do jogador do FC Porto. Desinibido, teve um papel ativo na construção de jogo, sobretudo na primeira parte, com algumas boas iniciativas e clarividência nas ações. Não foi tão intenso na segunda metade, um pouco à semelhança, afinal, da própria equipa.

Fábio Coentrão

De regresso ao onze, depois do castigo, começou o jogo a alta velocidade e acertou em cheio na trave numa das primeiras oportunidades do jogo. Manteve o pé no acelerador, até porque o espaço ia aparecendo, com várias subidas, pelo menos enquanto teve pulmão.

Hélder Postiga

Porfiou até que conseguiu marcar o golo da ordem. Não estava fácil, e não foi por falta de tentativas, mas lá entrou. Pelo menos deu para manter a média, uma vez que o «play-off» já estava traçado como destino da Seleção.

Jonathan Joubert

É quase sempre um lugar-comum destacar o guarda-redes da equipa adversária nestes jogos de sentido único. O volume de trabalho é tanto que não há forma como não dar nas vistas, mas há uns melhores que os outros e este provou pertencer ao primeiro grupo. Começou por irritar o público com uma série de boas defesas, optando (e bem) por defender de forma prática, afastando o perigo de qualquer maneira. Quebrou, por fim, como toda a equipa, sem, contudo, deixar de fazer de tudo para evitar o avolumar do resultado.