Seja com outros operadores ou com outras entidades, empresas ou autarquias interessadas.
«Não excluo ninguém. Até nos agrada o quadro das redes abertas», disse Ângelo Paupério aos jornalistas, à margem do jantar organizado pela Associação Portuguesa para o Desenvolvimento das Comunicações (APDC), que decorreu esta quinta-feira em Lisboa.
Paupério: ambição da Sonaecom não passa só por controlar
Para o CEO da Sonaecom, há muitos aspectos que ainda não estão esclarecidos, mas reconhece que «há muitos dados que podem apontar para uma solução mais partilhada, seja a dois ou a três [operadores]». Neste ponto, Ângelo Paupério defende que se pode falar até de partilhas «mais pontuais».
País ainda está a tempo
Quanto ao projecto anunciado da empresa de telecomunicações em investir sozinha 240 milhões de euros em redes de nova geração até ao final de 2010, comunicado em Fevereiro do ano passado, Paupério explica que a actual indefinição não o comprometeu.
O projecto em si é que já não é exactamente o mesmo, repensado em função dos ganhos tecnológicos desde a altura do seu anúncio e da actual conjuntura.
«Estamos muito a tempo de o fazer», disse o CEO da Sonaecom, acrescentando que «o investimento pode ser relativamente rápido». No entanto, e apesar de elogiar o esforço das autoridades e do regulador na aposta do tema, é preciso que mais aspectos fiquem claros.
«Os investimentos têm de ter racionalidade económica», sublinhou.
Sobre o actual impasse, Ângelo Paupério não se revelou muito preocupado, até porque Portugal não está no pelotão de trás da Europa nas redes de nova geração.
«Não estamos parados. A velocidade com que podemos fazer é que depende dessas condições», concluiu.
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