O primeiro-ministro, José Sócrates, e o ministro da Economia, Manuel Pinho, estão hoje reunidos com representantes dos fabricantes e da indústria de componentes automóvel para apresentar um plano de apoio à crise que afecta o sector, avança a «Lusa».
«A ANECRA está estupefacta com a posição persistente do Governo em olhar unicamente para a indústria de componentes e produção automóvel, esquecendo o sector do comércio, distribuição e reparação, como se estes sectores não fossem também vitais, visto que não há produção se não houver escoamento», disse António Ferreira Nunes.
«É uma discriminação absolutamente inaceitável e sem sustentação», acrescentou o presidente da ANECRA, sublinhando que o sector do comércio e reparação representa 80 mil postos de trabalho, enquanto a indústria de componentes e produção automóvel emprega 40 mil pessoas.
Para apoiar o sector, defendeu António Ferreira Nunes, bastava que o Governo tivesse em conta as reclamações das associações do sector relativamente ao aumento das taxas e impostos, aquando da elaboração do Orçamento do Estado para 2009.
«Bastava o Governo não ter aumentado os impostos do sector, porque esse já era um contributo a favor», defendeu o presidente da ANECRA, referindo que o aumento do imposto sobre veículos e a retirada dos benefícios aos carros híbridos e ao rent-a-car «vão agravar a vida do sector em 2009, ano que se prevê péssimo».
A ANECRA aguarda a oficialização das medidas de apoio para decidir uma tomada de posição, avançou António Ferreira Nunes.
RELACIONADOS
Vendas de automóveis nos EUA caem 37% em Novembro
Autoeuropa com novo acordo de empresa até 2010
Lucros da SAG Gest caem 52,3% para 6,8 milhões
SAG: muitas empresas do sector automóvel vão desaparecer
Senadores dos EUA vão ajudar sector automóvel
Indústria automóvel ganha novos apoios financeiros