José Sócrates dará esta quarta-feira o aval ao projecto em S. Bento, num encontro que reúne representantes dos fabricantes e da indústria de componentes automóvel. Esta é a primeira iniciativa do género a nível europeu e promete entrar em vigor, o mais tardar, em Janeiro de 2009, refere fonte ligada ao processo, avança o «Diário Económico».
A estratégia delineada tem quatro frentes de ataque. A primeira incide a nível do trabalho. Só o segmento dos componentes emprega perto de 45 mil pessoas. Um bolo a que se juntam ainda cerca de treze mil postos de trabalho distribuídos pelas fábricas de carros Autoeuropa, Peugeot Citroën Portugal, Toyota Caetano Portugal, Mitsubishi Fuso Truck e VN Automóveis. Só estas cinco unidades industriais geram um volume de negócios na ordem dos 1.200 milhões de euros.
A solução desenhada pelos Ministérios da Economia e do Trabalho, cujos detalhes serão conhecidos hoje, aponta para uma aposta na formação e nos mecanismos de flexibilidade previstos no Código de Trabalho, a aguardar ainda promulgação na Presidência da República.
Fundo para facilitar processos de fusão
Outra área de intervenção recai num conjunto de instrumentos financeiros de vários tipos. Um dos trunfos é a criação de um fundo destinado a facilitar processos de fusão e aquisição de empresas, para permitir uma maior consolidação da indústria. Medida que será mais orientada para a indústria de componentes do que para os fabricantes de automóveis.
Para este pacote contribuirão ainda medidas do Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN). Objectivo: antecipar pagamentos pendentes e a abertura de programas para melhorar a competitividade das empresas, agilizando os compromissos assumidos no âmbito do pólo de competitividade da indústria automóvel.
A última linha estratégica está orientada para políticas de relançamento da indústria que incidem sobre o abate dos veículos. Ou seja, impedir movimentos artificiais que provoquem desequilíbrios a nível das importações de veículos.
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