Os funcionários da Autoeuropa disseram «não» ao pré-acordo laboral da empresa. Em cima da mesa estava uma redução do pagamento do trabalho extraordinário em seis sábados por ano como forma de aumentar a flexibilidade da empresa para enfrentar a crise do sector automóvel.

Segundo revelou à agência Lusa, o coordenador da Comissão de Trabalhadores (CT), António Chora, a rejeição do pré-acordo teve 1.381 votos pelo «não» face aos 1.252 votos a favor do «sim». Houve ainda 28 votos em branco e sete nulos.

O pré-acordo laboral que tinha sido previamente negociado entre a administração e a CT previa uma redução no pagamento do trabalho em seis sábados por ano, desde que os trabalhadores já tivessem usufruído de mais do que os 22 downdays (dias sem produção) anuais.

Neste caso, em vez de receberem os sábados a 200 por cento, com um acréscimo de mais 25 por cento, como estava previsto no acordo de empresa, os trabalhadores passariam a receber seis sábados por ano como trabalho normal e a acumular seis horas positivas no saldo de tempo.