Os lucros consolidados do BPI caíram para 9,1 milhões de euros nos primeiros seis meses deste ano.

Para este resultado, que significa uma descida de 95,3%, contribuiu principalmente o impacto negativo de 157,4 milhões de euros (após impostos) de menos valias realizadas e imparidades no BCP.

Excluindo este factor, o lucro consolidado no semestre teria sido de 166,4 milhões de euros, ou seja apenas menos 13,8%, relativamente ao primeiro semestre do ano passado.

Recorde-se que o BPI entretanto reduziu a participação que detém no BCP para 1,2%.

Neste primeiro semestre, informa ainda a instituição, a actividade doméstica de banca comercial contribuiu com 80,1 milhões de euros para o lucro consolidado, enquanto a banca de investimento representou 7,6 milhões. Já a actividade internacional teve um peso de 58,5 milhões de euros.

A margem financeira derrapou 1,7% para os 322,5 milhões de euros, ao passo que o produto bancário deslizou 11,8% para os 529,4 milhões de euros.

Já ao nível dos rácios de capital, o BPI registou 11,2%, o Tier I de 7,6% e o «core capital» de 6,7%. Os recursos a clientes no balanço cresceram 16,4% na actividade doméstica e 35% na actividade internacional.

Carteira de crédito sobe 10%

Nas contas do BPI nos primeiros seis meses, a instituição destaca ainda que, ao nível da carteira de crédito, esta registou um crescimento de 10,1% relativamente a Junho de 2007.

O crescimento do crédito a nível doméstico foi de 9,4% e, na actividade internacional, foi de 33%.

Por outro lado, os custos de estrutura cresceram 7,7% para 343,3 milhões de euros.

Em Portugal, o banco aumentou a sua rede de balcões em 13%, ou seja, mais 92 unidades. «Foram abertos nesse período 79 balcões, 11 centros de investimento, 1 loja habitação e 1 centro de empresa», refere o BPI em comunicado.

As acções do BPI fecharam a valorizar 3,04% para 2,54 euros.