O Ministério Público (MP) dividiu a investigação do caso Furacão em 10 inquéritos. Segundo o «Sol» apurou, a cada inquérito corresponde a uma entidade organizadora do esquema de fraude e respectivos «clientes».

A descisão visa dar maior eficácia à investigação, tendo em conta a sua dimensão. E quer dizer que já foram isoladas 10 entidades-entre bancos, sociedades financeiras e escritórios de advogados-que forneciam o esquema fraudulento em causa. Estão já contabilizadas 70 empresas que aderiram ou eram «clientes» dessas entidades.

Esta é a maior investigação que o MP alguma vez desencadeou. Desenrola-se no coração da banca (nos departamentos de «private banking» do BPN, BES, BCP e Finibanco) e envolve algumas das mais importantes empresas e sociedades financeiras do país.

Os crimes em investigação são dos mais graves: as 10 entidades que forneciam o esquema e os empresários que a ele aderiram incorrem em crimes de associação criminosa, fraude fiscal qualificada, branqueamento de capitais e abuso de confiança.