A banca está a afastar os clientes de maior risco no crédito à habitação, aumentando os spreads para valores que já não eram praticados há alguns anos, refere o «Diário de Notícias».

Alguns bancos reviram as suas margens financeiras nos últimos meses, colocando-as, em alguns casos, acima dos dois pontos percentuais.

Na análise feita pelo mesmo jornal junto das cinco maiores instituições de crédito, verifica-se que o spread máximo está a ser praticado pela Caixa Geral de Depósitos (CGD), que anuncia uma margem de 2,55 pontos. Perante o actual nível de taxas de juro (a Euribor a 3 meses apresenta um valor médio de 4,925%), tal significa que um cliente de maior risco, a que seja aplicado este spread, fica com uma taxa de 7,475%.

Mas esta margem máxima dificilmente será aplicada a qualquer contrato. Segundo fontes da área do crédito hipotecário, contactadas pelo «DN», a divulgação deste nível de valores tem dois objectivos.

Por um lado, permite ao banco aumentar o spread praticado nos novos contratos para valores em torno de 1,5 pontos percentuais, um montante que até há bem pouco tempo era o máximo praticado, mas que perante os actuais máximos surge como bastante competitivo aos olhos do cliente.