A crise começa a fazer-se sentir nos pedidos de empréstimos feitos pelos portugueses à banca. Em Maio, as solicitações de crédito abrandaram tanto para a compra de casa, como para financiar o consumo.

Dados do Banco de Portugal mostram que, no caso do crédito à habitação, o abrandamento foi de quatro décimas para 7,3%, e que no caso do consumo foi de oito décimas, para 10,6%. Quer isto dizer que, apesar de estar a abrandar mais, o crédito ao consumo e para outros fins, continua a crescer a um ritmo superior ao do crédito à habitação.

Do mesmo modo, também a taxa de variação dos empréstimos concedidos a empresas diminuiu 1.2 pontos percentuais, para 12,1%.

Tendo em conta todo o sector privado (exceptuando o sector financeiro), o abrandamento levou a taxa dos 10,5 para os 9,7%. Já o crescimento dos empréstimos a instituições financeiras não monetárias, ficou estável nos 25,8%.

Assim, em Maio, a taxa de variação anual dos empréstimos bancários concedidos ao sector não monetário (excluindo administrações públicas) diminuiu para 10,5%, face aos 11,2% do mês anterior.