«Há realmente uma oportunidade para as empresas portuguesas, porque os países da América Latina estão a fazer uma aposta real no sector das obras Públicas, não só para combater a crise e as suas carências, mas também porque o sector é mesmo o seu motor de desenvolvimento», disse Fernando Ferreira Santo, na véspera de uma conferência promovida pela Ordem dos Engenheiros sobre «Oportunidades de negócio na América Latina: Investimentos no sector da construção», que decorrerá em Lisboa.
O bastonário da Ordem dos Engenheiros lembrou que existem «centenas de milhões de pessoas na América Latina sem saneamento básico», sublinhando as oportunidades existentes nessa área, mas também em outras como o abastecimento de água, energia eléctrica, estradas e pontes.
«Portugal tem empresas de excelência e cujo trabalho é muito apreciado na América Latina. Há aqui oportunidades para se fazer parcerias com aqueles países», afirmou.
De acordo com Fernando Ferreira Santo, as empresas portuguesas devem «também formar parcerias umas com as outras, de forma a criarem alguma dimensão nacional para poder concorrer e apresentar-se em conjunto na fileira da construção».
«Ou seja, temos de fazer sistemas integrados, desde o projecto, à construção, com incorporação de tecnologia portuguesa e de materiais, para podermos oferecer todo um valor acrescentado de produto e sistemas. Uma coisa é a concorrência interna, outra é a capacidade de trabalharmos em conjunto para podermos concorrer contra outras empresas estrangeiras noutros mercados», frisou.
Fernando Ferreira Santo lembrou que a crise na construção em Portugal não é de agora, começou em 2002, o que obrigou as empresas portuguesas a procurar novos mercados, sobretudo Cabo Verde, Angola e também Brasil.
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