A taxa de juro implícita no conjunto dos contratos de crédito à habitação atingiu o valor médio de 5,707 por cento em Agosto, o que representa um aumento de 0,073 pontos percentuais (p.p.) face ao mês anterior.

De acordo com dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), a taxa de juro implícita nos contratos celebrados nos últimos três meses subiu 0,202 p.p., fixando-se em 5,774%.

A subida mensal da taxa de juro implícita no conjunto dos contratos em vigor ocorreu em todos os períodos considerados (contratos celebrados nos últimos 3, 6 e 12 meses.

«Efectivamente, registaram-se acréscimos mensais de 0,202 p.p. (para os contratos celebrados nos últimos 3 meses), de 0,172 p.p. (últimos 6 meses) e de 0,160 p.p. (últimos 12 meses), fixando-se as respectivas taxas de juro implícitas em 5,774%, 5,520% e 5,437%», diz o INE.

Do mesmo modo, a subida mensal da taxa de juro implícita no conjunto dos contratos em vigor abrangeu todos os destinos de financiamento considerados, aquisição de terreno para construção de habitação (0,264 p.p.), construção de habitação (0,060 p.p.) e aquisição de habitação (0,076 p.p.). As respectivas taxas de juro implícitas situaram-se em 5,818%, 5,696% e 5,709%.

Nos contratos celebrados nos últimos 3 meses, as respectivas taxas de juro implícitas diminuíram no destino aquisição de terreno para construção de habitação, com descida de 0,226 p.p. para 5,867%, e aumentaram nos destinos construção de habitação e aquisição de habitação, com subidas de 0,251 p.p. para 5,861% e de 0,200 p.p. para 5,770%, respectivamente.

Em ambos os regimes de Crédito observou-se uma evolução crescente das taxas de juro, passando para 5,607% no regime geral (0,091 p.p. acima do mês anterior) e para 6,129% no regime bonificado total (acréscimo de 0,049 p.p.).

Capital em dívida reduz-se

As taxas de juro implícitas nos contratos dos Regimes Bonificados Jovem e Não Jovem apresentaram comportamentos semelhantes, aumentando 0,053 p.p. e 0,044 p.p. relativamente ao mês anterior, para os valores de 6,077% e de 6,180%, respectivamente.

«Estes acréscimos na taxa de juro resultaram de subidas, quer nas parcelas suportadas pelos mutuários, de 0,033 p.p. e de 0,036 p.p., quer nas comparticipações do Estado, de 0,019 p.p. e de 0,009 p.p., respectivamente», diz ainda o INE.

No mês de Agosto, o valor médio do capital em dívida no total dos contratos de crédito à habitação em vigor atingiu 53736 euros, menos 399 euros que no mês anterior.