«Ninguém deve começar a reduzir a sua contribuição para a procura mundial. A ordem do dia que importa realmente, é a da procura mundial», declarou Summers, nesta entrevista concedida ao «Financial Times» e publicada no site de Internet do diário britânico, citada pela Lusa.
«Em matéria de macroeconomia, para fazer bem, o G20 deve concentrar-se na procura mundial. O Mundo necessita de mais procura», acrescentou.
Para Summers, a conjuntura exige «uma acção extraordinária dos poderes públicos neste tempo» de crise.
Para estimular a sua economia e reforçar a procura interna, os Estados Unidos lançaram em Fevereiro um plano de relançamento dotado de 787 mil milhões de dólares.
Para além desta medida orçamental, o banco central norte-americano efectua há vários meses uma política monetária de apoio à actividade em virtude da qual injecta centenas milhões de dólares no circuito económico.
A menos de um mês da cimeira dos chefes de Estado e de governo do G20, que deve começar a 02 de Abril em Londres, o apelo de Summers junta-se de certa maneira ao do Fundo Monetário Internacional (FMI), que exortou sexta-feira os Estados a estudar novas medidas de relançamento para 2010.
Países reúnem-se em Londres
O FMI considera que, contrariamente aos Estados Unidos, onde perto da metade das despesas do plano de relançamento são afectadas ao exercício orçamental de 2010, a maior parte dos outros planos de relançamento adoptados no Mundo «concentraram largamente as despesas em 2009».
O G20 agrupa os países do G8 (Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Grã-Bretanha, Itália, Japão e Rússia), a União Europeia, bem como a África do Sul, a Arábia Saudita, a Argentina, a Austrália, o Brasil, a China, a Coreia do Sul, a Índia, a Indonésia, o México e a Turquia.
Estes países devem reunir-se em Londres para reflectir a reforma do sistema financeiro internacional e sobre os meios para fazer frente à crise económica.
RELACIONADOS
EUA com maior perda de postos de trabalho em 60 anos
Canadá e EUA preocupados com sector automóvel
Executivos do Merrill Lynch vão depor por cobranças suspeitas
UBS recusa divulgar mais contas não declaradas
Fed: recessão agravou-se nos últimos dois meses
Japão com primeiro défice corrente em 13 anos
Banco Mundial adverte falta de liquidez de 552 mil milhões
Canadá: General Motors com salários congelados
Casas de luxo a 50% de desconto