Nos EUA quem não tem trabalho encontra a solução para o desemprego na procura de ouro, com os preços deste metal precioso em alta, avança o Washington Post.

Simultaneamente, a procura de emprego neste sector está a provocar a subida do preço do metal precioso, que atingiu já o nível mais elevado em mais de 20 anos, atingindo os 1000 dólares ( euros) a onça.

Ray e Kim Lague estão entre os que optaram por deixar de lado a sua vida para se mudarem para um campo de minas, onde a última vez que se verificou maior actividade foi durante a Grande Depressão.

Quem segue esta solução provém dos mais diversos ramos de actividade, desde empreiteiros a camionistas. São pessoas que perderam os seus empregos e em alguns casos as suas casas devido à conjuntura de crise e agora procuram enriquecer com o ouro que acham enquanto trabalham nas minas e no rio Stanislaus.

O proprietário do TN Gold & Gems, Tim LeGrand, no Tenessee, confirma esta tendência, afirmando que durante este ano já viu muitos a optar por trabalhar na procura de ouro, «com tantas pessoas a serem despedidos ou a sofrer redução de horário». As licenças para exploração também comprovam este facto, visto que nas redondezas da Floresta Nacional de Cherokee mais do que duplicaram.

No entanto, desengane-se quem pensa que a compensação pelo trabalho árduo é grande. Na Lost Dutchman's Mining Association , outro dos campos onde os desempregados procuram o metal precioso, ganha-se 30 cêntimos de dólar ao dia.

«As pessoas vêm para aqui com expectativas elevadas e não se apercebem do trabalho que envolve até serem eles a fazê-lo», avança Tim LeGrand, continuando: «a maioria tenta durante alguns dias e desiste». Embora algumas pessoas continuem a trabalhar, «poucas são as que obtêm ouro suficiente para o tornar num bem financeiro».

Apesar de todos saberem que o futuro não está nas minas e que não vão continuar as suas vidas ali, continuam a investir entre 1000 dólares e 1500 dólares nesta actividade, com a esperança de, no meio da areia, encontrar o tão desejado ouro.