O Governador do Banco de Espanha, Fernández Ordóñez, disse esta quinta-feira que as taxas do Euribor não irão baixar até que a confiança esteja restaurada.

O responsável disse ainda não acreditar que os bancos centrais levem a cabo uma nova redução das taxas de juro a «curto prazo». No entanto, salienta que «nada está garantido, uma vez que o momento de incerteza é enorme».

Recorde-se que os vários bancos centrais de todo o mundo cortaram as respectivas taxas de juro de referência numa acção concertada para tentar travar a crise financeira.

O Banco Central Europeu (BCE) foi um desses bancos, e reduziu a taxa de referência para a Zona Euro em 50 pontos base, ou seja, dos 4,25% para os 3,75%.

Novos máximos

Uma redução que não impediu, um dia depois, de as taxas sofrerem novo aumento.

As taxas comerciais e interbancárias fixaram esta quinta-feira novos máximos históricos, um sinal de que não basta o banco central cortar os juros, e sim de que é necessário restabelecer a confiança nos mercados para acalmar a turbulência financeira que tem trazido o Mundo numa roda viva. Só assim poderá abrandar a procura desenfreada por financiamento e os investidores voltarão a confiar na solidez dos bancos.

A Euribor a seis meses, a mais usada como indexante dos contratos de crédito à habitação em Portugal, atingiu os 5,448%, face aos 5,438% da sessão passada, o que representa o valor mais elevado de sempre.

Já a Euribor a 12 meses, subiu para 5,512%, dos 5,486% registados quarta-feira. Apenas a Euribor a três meses se manteve estável, nos 5,393%.