De acordo com um estudo da consultora estratégica A.T. Kearney sobre o desenvolvimento do sector da distribuição de retalho, estas zonas geográficas contam com sete mercados situados nas 20 primeiras posições do estudo e evidenciam indicadores de desenvolvimento alinhados com alguns dos pontos de força de grupos portugueses, em particular da área do retalho alimentar.
Com efeito, três países do Norte de África, Marrocos, Argélia e Turquia, estão situados nas 15 primeiras posições do ranking. Segundo a A.T. Kearney, estes deverão crescer, em média, mais de 6 por cento em 2008 graças ao turismo, aos fluxos comerciais com a Europa e à crescente estabilidade política e económica destes estados.
«As relações comerciais e de proximidade existentes com estes países potenciam uma forte relação futura com Portugal», revela a consultora.
A proximidade com o mercado português em termos físicos bem como no que toca aos padrões de desenvolvimento destes países são outros pontos a favor destes mercados, além da flexibilidade cultural e conhecimentos sobre a abertura de mercados com ofertas modernas no sector.
«É evidente que a legislação de alguns mercados ainda não permite uma protecção suficientemente eficaz a modelos de negócio de retalho moderno mas o contexto está a evoluir e observamos já vários retalhistas europeus como a Auchan ou Metro a intensificar actividade no Egipto, em Marrocos, na Argélia ou na Tunísia», refere o managing director da A.T. Kearney, João Rodrigues Pena.
As outras zonas de alto potencial, nomeadamente a China, Índia, Extremo Oriente ou Brasil, apresentam requisitos competitivos que «já não se coadunam tão bem com as competências da distribuição portuguesa», conclui a mesma análise.
Vietname no topo
Segundo o estudo, o Vietname é o país mais atractivo do mundo para o investimento no sector do retalho.
Após três anos consecutivos em que o ranking foi liderado pela Índia, o Vietname conseguiu subir três posições em comparação com o ano anterior e situar-se como o mercado que oferece melhores possibilidades aos investidores da área do retalho.
«O forte crescimento do PIB, as alterações legislativas que facilitam a presença de investidores estrangeiros e o aumento do consumo em estabelecimentos de distribuição modernos foram aspectos decisivos para esta ascensão», diz a A.T. Kearney.
A Índia, a Rússia e a China, os países que ocupavam os três primeiros lugares do ranking em 2007, desceram uma posição este ano.
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