Em reacção à revisão em baixa feito pelo Governo esta quinta-feira, que mudou as previsões de crescimento de 2,2 por cento para 1,5%, César das Neves disse à Agência Financeira que, apesar dos tempos conturbados impossibilitarem previsões claras, é provável que haja uma subida.
«O risco que estes números nos trazem agora é que este período de crescimento talvez tenha chegado ao fim. É até possível que tenhamos uma recessão e, se assim for, o desemprego vai subir», sublinhou.
Esta posição segue em contra-ciclo à avançada pelo Governo, que manteve a expectativas de que a taxa de desemprego deve descer dos 8% registados em 2007 para os 7,6% este ano. O ministro das Finanças, Teixeira dos Santos, disse claramente que o desemprego deve descer apesar do abrandamento esperado.
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