Entre os convidados do seminário «Serviços Financeiros e a Defesa do Consumidor», promovido pela Associação de Defesa do Consumidor (Deco), Constâncio sublinhou aos jornalistas que a indicação sobre o crescimento económico destes primeiros meses na área do Euro mostra que os valores serão superiores aos avançados pelo FMI.
«É evidente que a situação evoluiu muito rapidamente, há uma grande incerteza neste momento na economia mundial. Por isso, as coisas podem evoluir no sentido mais positivo ou mais negativo», disse.
Constância recorda ainda que o BdP vai publicar novas previsões no Boletim Económico de Junho. «Nessa altura falaremos e esclarecemos os dados. Seguramente não manteremos a previsão de 2% para a economia portuguesa», referiu.
Valores têm de ser realistas
Já sobre o crescimento português, Vítor Constâncio refere que os valores têm de ser realistas: «Houve um agravamento das condições em Janeiro a nível internacional, o que tem consequências sobre a nossa economia», referiu.
Recorde-se que o FMI cortou cinco décimas à previsão que tinha para o crescimento da economia nacional deste ano, dos 1,8% para 1,3%, colocando assim o nosso País como um dos que menos cresce na Zona Euro e a divergir, pelo sétimo ano consecutivo, dos parceiros da moeda única.
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