Vários bancos centrais de todo o mundo cortaram as respectivas taxas de juro de referência numa acção concertada para tentar travar a crise financeira. A medida era já esperada e acaba por vir de encontro aos pedidos dos agentes económicos.

O Banco Central Europeu (BCE) foi um desses bancos, e reduziu a taxa de referência para a Zona Euro em 50 pontos base, ou seja, dos 4,25% para os 3,75%.

Também a Reserva Federal norte-americana baixou a taxa de referência para os EUA, na mesma dimensão. O preço do dinheiro na maior economia do Mundo está agora nos 1,50%.

Outros bancos a baixarem as respectivas taxas de juro foram o Banco de Inglaterra (para 4,5%), o Banco do Canadá (para 2,5%) e ainda os bancos centrais da Suécia (para 4,25%) e Suíça.

Esta é uma medida de emergência coordenada e sem precedentes, destinada a restaurar a confiança dos investidores nos mercados, de modo a evitar que os efeitos da turbulência financeira se alastrem mais às economias reais, que estão já em forte abrandamento.

«A recente intensificação da crise Financeira aumentou os riscos sobre a economia, apesar de ter reduzido os riscos de um aumento da inflação», refere uma declaração conjunta dos bancos centrais.

Entretanto a China, numa acção à parte, decidiu cortar a sua principal taxa de juro pela segunda vez em três semanas, em mais 0,27 pontos percentuais, para 6,93%.

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