A Autoridade para as Condições do Trabalho (ACT) vai aumentar o seu número de inspectores em 35 por cento face aos 282 actuais. De acordo com o inspector-geral, Paulo Morgado de Carvalho, a medida «é uma bolsa de oxigénio» para a entidade.

O recrutamento dos cem novos colaboradores deverá estar terminado no final do ano, sendo que o número de candidatos foi da ordem dos 9.500.

«Com o número de inspectores actuais, temos desenvolvido uma actividade positiva, mas esta também tem crescido», explicou o responsável aos jornalistas, à margem do seminário «A Nova Lei do Trabalho Temporário», que decorre esta sexta-feira, em Lisboa.

A ACT diz ainda que, mesmo com o aumento do número de profissionais previsto, o valor continua muito abaixo do ideal, que se pode estender até aos 538 funcionários. No entanto, Paulo Morgado de Carvalho reconhece que «não é pelo facto de termos um inspector em cada empresa que se resolvem todos os problemas».

Troca de informações com congéneres europeias

A autoridade tem vindo a desenvolver uma série de parcerias com as congéneres de outros países, numa acção que se pretende mais de troca de informações do que de componente fiscalizadora.

Além de uma relação estreita com a entidade espanhola, e com particular ênfase para contactos na área da Galiza, a ACT espera reforçar este tipo de acções, pelo que, além de protocolos com a Holanda e a Tunísia, está prevista a troca de informações com a Bulgária.