O ministro do Trabalho e da Solidariedade Social salientou esta quinta-feira que o programa de requalificação Novas Oportunidades está a ter uma boa adesão, pois já envolveu 10 por cento da população activa, num total de 500 mil cidadãos.

«O programa Novas Oportunidades está a contar com uma grande mobilização da população activa, pois em tão curto tempo já envolveu 10 por cento da população activa portuguesa», disse José António Vieira da Silva na tomada de posse dos novos dirigentes da Agência Nacional para a Qualificação (ANQ).

Segundo o ministro, este envolvimento têm ainda uma grande margem de crescimento, o que representa um desafio para o Governo.

«Mais de 500 mil cidadãos do nosso país responderam ao apelo do Governo, com elevadas expectativas, o que representa um desafio para todos nós, pois temos de dar uma resposta rápida e de qualidade a estas expectativas», disse Vieira da Silva.

Para ter uma noção mais precisa dos resultados deste programa na vida das pessoas que a ele aderiram o Governo encomendou um estudo à Universidade Católica e espera ter dados preliminares no início de 2009.

O programa de requalificação Novas Oportunidades, apresentado em Setembro de 2005 pelo primeiro-ministro, é tutelado pelo Ministério do Trabalho e pelo Ministério da Educação.

A ministra da Educação aproveitou a cerimónia de posse dos novos dirigentes da ANQ para salientar a «difícil missão», mas «muito interessante» que é a gestão da área da requalificação por dois ministérios.

Maria de Lurdes Rodrigues considerou que a responsabilidade da formação e da educação não é só do Governo e lembrou alguns números para ilustrar a dimensão do desafio da requalificação.

«Cerca de 3,5 milhões de adultos não completaram o ensino secundário e 50 por cento dos jovens abandonam a escola sem completarem a escolaridade mínima obrigatória», afirmou a ministra.

«Meio caminho está feito, agora é preciso continuar», defendeu Maria de Lurdes Rodrigues, referindo a importância das Novas Oportunidades e da ANQ.