O Fundo Monetário Internacional (FMI) considera que o Banco Central Europeu (BCE) tem agora margem para reduzir as taxas de juro, algo que milhares de famílias ansiavam por ouvir.
A posição consta do documento preparativo que o Fundo vai apresentar na reunião de ministros das Finanças e banqueiros centrais, a decorrer em Da Nang, no Vietname.
Apesar do recente aumento da inflação, cuja taxa ascendeu em Março a 3,5%, o valor mais alto dos últimos 16 anos, a instituição internacional acredita que o banco central pode agora acomodar alguma flexibilização da sua política monetária.
Recorde-se que o BCE tem resistido, ao contrário do seu homólogo norte-americano, a Reserva Federal, a baixar o preço do dinheiro, devido à elevada taxa de inflação, que se situa muito acima do tecto fixado (2%) como ideal para garantir a estabilidade de preços, a sua principal preocupação. No entanto, o FMI considera que, entre o problema da inflação e o do abrandamento económico, a instituição deve usar a política monetária ao serviço do crescimento económico. Nos EUA, as taxas de juro estão agora nos 2,25%, depois de várias reduções substanciais, enquanto que na Zona Euro permanecem estáveis nos 4%.
Por isso mesmo, o FMI sublinha ainda outra razão para o BCE baixar os juros: reduzir a disparidade face aos Estados Unidos e reequilibrar o mercado cambial.
Portugal
2 abr 2008, 11:15
FMI diz que BCE tem margem para baixar taxas de juro
Reduzir diferencial face aos EUA reequilibraria o câmbio euro/dólar
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