Em consequência, os proveitos totais atingiram 178,7 milhões de euros e os de aposento 121,9 milhões, valores que se traduzem em quebras homólogas de 3,1% e 1,3%, respectivamente.
«Estes resultados poderão estar relacionados com o aumento de campanhas de preços promocionais, face à redução da procura», explica o INE.
O rendimento médio por quarto situou-se nos 34,1 euros, representando um decréscimo homólogo de 2,8%. Em Lisboa, Algarve e Madeira, é onde os quartos mais rendem: 48,3 euros, 38,6 euros e 36 euros, respectivamente.
No acumulado dos primeiros seis meses do ano, os estabelecimentos hoteleiros apresentaram proveitos totais no valor de 870,4 milhões de euros e proveitos de aposento de 569,4 milhões, representando variações homólogas positivas de 5,2% e 5,1%, respectivamente. Neste período, o rendimento médio por quarto foi de 34,1 euros, valor inferior ao do mês homólogo do ano anterior em 2,6%.
No primeiro semestre de 2008, a hotelaria licenciada recebeu 6,2 milhões de hóspedes a que corresponderam 17,6 milhões de dormidas, ambos os indicadores apresentando uma evolução positiva relativamente ao período homólogo do ano anterior, de 4,2% e 1,5% respectivamente.
Comparativamente a Junho de 2007, a repartição das dormidas por tipo de estabelecimento revela aumentos nas estalagens (+8,4%), nos motéis (+8,1%), nos aldeamentos turísticos (+1,7%) e nas pensões (+1,3%). As restantes tipologias apresentam reduções de 4,7% nas pousadas, 4,2% nos apartamentos turísticos, 2,8% nos hotéis e 0,7% nos hotéis-apartamentos.
Os estabelecimentos mais procurados foram os hotéis, os hotéis-apartamentos e os apartamentos turísticos que, no seu conjunto, representam cerca de 82% do total das dormidas.
Mais voos low-cost beneficiam Madeira
Por regiões, destacam-se os bons resultados da Madeira, com uma subida homóloga de 9,8% nas dormidas e do Centro, com mais 2,1%. Nas restantes observam-se decréscimos, com destaque para a queda de 5,4% no Norte, e de 5,2% no Algarve. Açores e Lisboa também caíram.
O bom desempenho da Madeira, explica o INE, resulta principalmente do aumento da procura por parte do mercado britânico, que apresenta um crescimento homólogo de 46,9%, subida que «se relaciona com o aumento da oferta em voos considerados de low-cost».
Em termos de escolhas, os estrangeiros escolheram sobretudo Algarve, Madeira e Lisboa, enquanto que os portugueses optaram pelo Algarve, Lisboa, Norte e Centro.
Taxa de ocupação cai
Também em Junho, a taxa de ocupação nos estabelecimentos hoteleiros (hotéis, hotéisapartamentos, apartamentos turísticos, aldeamentos turísticos, motéis, pousadas, estalagens e pensões) atingiu 46,4%, valor inferior ao do mês homólogo em 1,7 pontos percentuais. Contudo, a estada média foi de 3,1 noites, valor idêntico ao verificado no mês homólogo do ano anterior.
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