Em entrevista à «RTP», José Sócrates admitiu que há três meses atrás, quando anunciou a redução do imposto, não esperava que a actual crise assumisse estas proporções, com o impacto que se vê nos preços dos combustíveis e alimentos e na performance da economia, mas garantiu não estar arrependido.
«Tê-lo-ía descido (ao IVA) na mesma, porque era justo, depois do esforço dos portugueses, que permitiu reduzir o défice orçamental. Já não era necessário o contributo do IVA a 21%», disse.
Além disso, considerou o líder do Executivo, «essa baixa é ainda mais precisa com estas dificuldades, para ajudar a economia. Hoje vejo anda mais razões para ter baixado o imposto».
Quando questionado se está convicto que a redução do imposto terá um impacto positivo no orçamento dos portugueses, o primeiro-ministro foi peremptório: «Negativo é que não tem. São 250 milhões que o Estado deixa de receber e que ficam na economia. Não é a única alavanca mas ajuda a economia, os portugueses e as empresas a enfrentar com mais optimismo as dificuldades», disse.
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