Quase a totalidade (98 por cento) dos presidentes executivos de empresas planeia alterar os seus modelos de negócio, de acordo com o estudo «Global CEO 2008» da IBM.

Dois terços destes executivos de 48 países prevêem mudanças «significativas».

«Destes, 39% actuarão sobre o seu modelo organizacional, modificando a configuração da empresa e estabelecendo que actividades serão realizadas internamente e quais se realizarão em colaboração com terceiros», adiantam.

Por outro lado, 83% dos administradores inquiridos afirmam acreditar que estas mudanças se processariam ao longo dos próximos três anos. Esta percentagem representa um aumento de 28% em relação a 2006, altura em que foi revelada a anterior edição deste estudo.

Os mesmos executivos reconhecem, no entanto, que a sua capacidade de gerir com sucesso estas alterações se manteve praticamente constante, registando-se apenas quatro pontos de melhoria relativamente ao inquérito de 2006.

A relação entre os dois factores¿as mudanças esperadas no futuro em oposição à capacidade demonstrada no passado de os gerir com sucesso-, é referida no estudo como «fosso de mudança». Este índice é três vezes superior ao registado em 2006, indicando que a capacidade para gerir a mudança tem crescido menos do que a expectativa de futuras alterações.

Por outro lado, os directores executivos referem-se ao novo perfil dos clientes (mais exigentes, mais informados e mais interessados), à globalização e à tecnologia, como as principais tendências que os levarão a fazer alterações no futuro. De acordo com os gestores, estas tendências terão um impacto positivo nas suas empresas e representam uma oportunidade para criar diferenciação competitiva, o que aumentará os seus investimentos.

Segundo o mesmo estudo da IBM, os directores executivos e líderes empresariais entrevistados acreditam que é cada vez mais importante para os consumidores que as empresas tenham políticas de responsabilidade social. O inquérito revela que a tendência se repercute de forma positiva nas organizações, que vêem em tais práticas uma oportunidade de adquirir vantagem competitiva. Nesse sentido, os executivos inquiridos planeiam incrementar os seus investimentos em 25% para se adaptarem a esta tendência.