O presidente da TAP, Fernando Pinto, considera que a meta da tutela (Ministério das Obras Públicas, Transportes e Comunicações, liderado por Mário Lino) para a companhia, de lucros de 60 milhões de euros, é irreal.

«Na altura em que a meta foi estabelecida as condições do mercado eram outras», explicou o responsável numa conferência de imprensa, acrescentando que «o cenário hoje é diferente».

Recorde-se que os resultados da transportadora têm sido muito penalizados pela crise e pela escalada dos combustíveis, que já levou a vários aumentos da sobretaxa de combustível este ano.

Na mesma conferência, a TAP admitiu que, nos primeiros cinco meses do ano, acumulou prejuízos superiores a 100 milhões de euros, o dobro do previsto.

Fernando Pinto esclareceu que ainda não foram traçadas as novas metas para a empresa, até porque «o mercado dos combustíveis é difícil de prever, está muito volátil». No entanto, garante que a tutela está a par da evolução dos resultados.

Sem novos objectivos definidos, a TAP admite que, no cenário mais pessimista, os prejuízos deste ano podem ascender a 154,203 milhões de euros, tendo implícito um gasto de mais de 726 milhões de euros em combustíveis.