A taxa de inflação homóloga situou-se nos 3,4% em Junho deste ano, mais seis décimas do que em Maio, revelam dados do Instituto Nacional de Estatística (INE).

O indicador de inflação subjacente, que exclui produtos alimentares e energia, foi de 2,3%, apenas mais uma décima que em Maio. Efectivamente, os Produtos alimentares e bebidas não alcoólicas e os Transportes, foram as classes que apresentaram as maiores contribuições para a subida da taxa. Apenas as Comunicações ficaram mais baratas desde há um ano atrás.

«A comparação das taxas de variação homóloga de Junho de 2008 com a média das taxas dos três meses anteriores, traduz acelerações de preços mais significativas nos Produtos alimentares e bebidas não alcoólicas, com mais 2,3 pontos percentuais, e nos Transportes, com mais 1,1 pontos percentuais, neste caso reflectindo essencialmente o comportamento

dos preços do combustíveis», explica o INE.

Custo de vida sobe 0,5% num mês

Face ao mês anterior, o custo de vida subiu 0,5% e a variação média nos últimos doze meses foi de 2,7%.

Mais uma vez, para esta evolução, contribuíram principalmente as variações mensais positivas observadas nas classes dos Produtos alimentares e bebidas não alcoólicas (1,5%) e dos Transportes (0,9%). A nível de subgrupo, a maior contribuição foi registada nos combustíveis e

lubrificantes para equipamento para transporte pessoal, com uma subida de 3%, seguida da

contribuição do peixe, dos produtos hortícolas e das frutas, com variações em cadeia de 3,5%, 2,8% e 2,8%, respectivamente.

O Vestuário e calçado ficou 0,6% mais barato, reflectindo essencialmente as reduções de preços nos artigos de vestuário (-0,7%). Dos restantes subgrupos que apresentaram contributos negativos para a formação da taxa de variação mensal destacam-se a jardinagem, os veículos automóveis, o leite, queijo e ovos e os seguros relacionados com os transportes.