«Creio que há uma ano atrás todos esperavámos que esta situação e a incerteza que daí decorria se pudesse desvanecer mais rapidamente», declarou Teixeira dos Santos à margem do Fórum dos empresários e gestores portugueses e lusodescendentes de França, que decorreu em Paris, quando confrontado com as consequências da falência da Lehman Brothres, o quarto maior banco nos EUA, avança a «Lusa».
«De facto isto está a ter uma duração que está a surpreender todos», disse. «Ninguém há um ano atrás esperaria que se demorasse tanto tempo a ultrapassar esta situação nos mercados financeiros«, acrescentou.
O ministro das Finanças defendeu ainda que é «importante» que as autoridades europeias e nacionais, incluindo, as portuguesas, «sigam atentamente» a evolução da situação em consequência da falência da Lehman Brothers, pois este tipo de acontecimentos afecta a confiança dos agentes económicos.
Seguir a evolução
«O que é importante é que as autoridades europeias e nacionais dos vários países, incluindo Portugal, sigam atentamente o evoluir desta situação preservando a solidez e a estabilidade das suas instituições financeiras», afirmou.
Fernando Teixeira dos Santos recordou que «o próprio Banco Central Europeu já teve o cuidado de intervir no mercado, injectando liquidez, concertando-se com as autoridades nacionais, com outras autoridades de outras regiões, como os EUA,procurando manter a normalidade do funcionamento dos nossos mercados monterários, que é fundamental».
O ministro das Finanças reafirmou que, apesar da revisão em baixa das previsões de crescimento económico na Zona Euro, só irá divulgar o novo quadro macroeconómico quando apresentar o Orçamento do Estado para 2009 em meados de Outubro.
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