A procura de espaços logísticos permaneceu forte durante o primeiro semestre de 2008, apesar da actividade de investimento ter registado uma queda de 38 por cento em termos anuais para os 4,5 mil milhões de euros, concluiu a Jones Lang LaSalle, no seu European Logistics Report, Trends and Prospects.

A procura no sector europeu logístico cresceu cerca de 10% face a igual período do ano anterior e situa-se apenas 6% abaixo dos níveis recorde atingidos no segundo semestre de 2007.

«As tendências positivas nos primeiros seis meses do ano, incluindo a globalização, a expansão para os mercados da Europa Central e de Leste, a alteração da estrutura das funções de armazenagem e a mudança dos padrões de retalho, que estão a fazer emergir novas tendências na distribuição de bens, contribuíram para que a procura permanecesse forte em toda a Europa», refere a Jones Lang LaSalle.

Head do European Industrial Research da Jones Lang LaSalle, Alexandra Tornow, comenta: «Nas actuais condições de mercado, a maior parte dos promotores apenas iniciará os seus projectos mediante um pré-arrendamento. A construção especulativa permanecerá limitada aos mercados nos quais se espera uma actividade forte e consistente da procura, em particular na Europa Central e de Leste. Na Europa Ocidental, a Alemanha está a registar alguma promoção especulativa devido à forte procura e à limitada oferta recente».

3º maior volume foi em Espanha

O investimento directo em armazéns, que se cifrou nos 4,5 mil milhões no primeiro semestre de 2008, caiu cerca de 38% face a igual período do ano anterior, mas ainda assim menos proeminente que a queda de 44% registada em todos os sectores do investimento em imobiliário terciário a nível global. Durante o primeiro semestre de 2008, a Alemanha e a Espanha registaram um crescimento dos volumes de investimento, a par de mercados de menor dimensão como a Finlândia e a Itália.

Pela primeira vez, o Reino Unido, que registou investimentos de 940 milhões em imobiliário logístico na primeira metade de 2008, foi destronado enquanto mercado de investimento imobiliário industrial mais activo da Europa. Essa posição foi ocupada pela Alemanha, que alcançou volumes de investimento neste segmento de 1,1 mil milhões durante o primeiro semestre do ano. O terceiro maior volume foi registado em Espanha, ligeiramente abaixo dos 600 milhões, cerca de 3 vezes mais do que há um ano e superando o volume anual mais elevado alguma vez registado neste país.