A Microsoft disponibiliza, a partir desta quinta-feira, um novo apoio às pequenas empresas portuguesas da área da tecnologia. Com o programa BizSpark, as start-ups terão acesso facilitado a software fundamental para o arranque do investimento.

«O objectivo é reduzir as dificuldades iniciais das empresas. É uma ajuda para os empreendedores que serão os pilares da economia de amanhã. Tenham ideias! Meios e ajudas para as concretizar não vão faltar», assegurou José Fernandes, director do Departamento de Apoio ao Desenvolvimento e Academias da Microsoft Portugal.

Armindo Monteiro, presidente da Associação Nacional de Jovens Empresários (ANJE), sublinhou que «estas ferramentas permitem o empreendedorismo qualificado» e que espera que «este programa seja alargado a outras áreas», pedido que motivou acenos afirmativos dos representantes da Microsoft.

«Parece que estamos à espera que nos nacionalizem a todos»

«Queremos deixar uma mensagem de optimismo, porque não estamos no coro de vozes de medo durante esta crise. Às vezes parece que estamos à espera que nos nacionalizem a todos. Mas a ANJE não. Reinventamos as empresas para termos um país mais produtivo e menos lamuriento», afirmou Armindo Monteiro.

Este discurso mereceu o aplauso do Secretário de Estado Adjunto da Indústria e Inovação, António Castro Guerra, que também sublinhou a importância dos jovens empreendedores na economia portuguesa.

O representante do ministério lembrou ainda que esta é «a primeira medida prática do Memorando de Entendimento assinado entre a Microsoft Portugal e o Governo», no dia 3 de Outubro.

Como entrar no programa

Já há cinco start-ups tecnológicas dentro deste programa: a AdClip, a Evidensys, a Xpath, a TimeBI, SA e a Weesi, sendo que, no final dos três anos do BizSpark, terão de pagar 100 dólares à Microsoft.

O programa é sustentado por uma rede de parceiros, que darão às empresas acesso ao programa: a ANJE, o Instituto de Apoio às Pequenas e Médias Empresas (IAPMEI), a Associação Portuguese de Business Angels (APBA), a Associação Portuguesa de Capital de Risco e de Desenvolvimento, a Federação Nacional das Associações de Business Angels (FNABA), I.zone SGPS e a Interhost.

Para uma start-up tecnológica entrar no programa necessita de alguns requisitos. «Estar em actividade há menos de três anos, ter receitas anuais inferiores a um milhão de dólares, oferecer serviços ou produtos baseados em software», explicou Nuno Costa, Platform Adviser da Microsoft Portugal.