No pão, a tendência será de aumento. De acordo com Carlos Santos, presidente da Associação de Comércio e da Indústria de Panificação, Pastelaria e Similares, «qualquer empresa responsável terá de fazer uma actualização de preços em Janeiro». O dirigente considera ser necessário um aumento de pelo menos 5%. Mas, como a unidade mínima de subida deverá ser um cêntimo por carcaça, tal representa uma oscilação entre 8% e 9%, ao preço médio actual da carcaça (11 a 12 cêntimos).
Na luz, tal como a Agência Financeira noticiou ontem, a subida média prevista é de 4,9%, o que para os consumidores domésticos vão representar um aumento de 1,92 euros.
Também de acordo com o «Jornal de Notícias», segundo a presidente do Observatório dos Mercados Agrícolas e das Importações Agro-alimentares, Maria Antónia Figueiredo, a perspectiva é de que não haja aumento de preços nos primeiros meses do ano. O fim da bolha especulativa em torno das matérias-primas e a estabilização dos custos deverão fazer com que a carne não sofra aumentos. A mesma tendência deverá verificar-se nas frutas, legumes e leite.
O valor das portagens é actualizado com base na inflação de Outubro, excluindo a habitação. O preço a pagar nas auto-estradas deve aumentar 2,3%, em Janeiro, em média.
No que toca às rendas, cabe ao INE apurar o coeficiente de actualização e renda dos diversos tipos de arrendamento, com base na inflação até Agosto. Assim, o coeficiente de alteração a partir de Janeiro é de 2,8%.
Os CTT vão actualizar o preçário a partir de 1 de Janeiro de 2009, mas a maioria dos preços não terá alterações.
RELACIONADOS
Luz sobe 2 euros em 2009
Preços das casas caem quase 5% em Portugal
Preços dos telemóveis baixam 11%
Preços de produtos brancos três vezes mais caros
Operadores contra baixa nas tarifas dos transportes
Táxis aumentam 3% em Janeiro
Concorrência reconhece que há preços que resistem a ajustamentos