As vendas de sistemas de segurança electrónica, que engloba alarmes e videovigilância, crescem até 15 por cento nos meses de Verão, tendência que se deverá sentir novamente este ano, apesar da crise económica.

«A crise é equilibrada pelo sentimento de insegurança. Não é que sejamos beneficiados pela crise, mas, se por um lado, há perda de poder económico, por outro o receio leva à procura de mais segurança», refere em entrevista à Agência Financeira o director-geral da Prosegur Activa, Carlos Vaqueirinho.

O mercado da segurança privada vale em Portugal cerca de 660 milhões por ano. Deste valor, os sistemas de segurança electrónica representam 80 milhões, ou seja cerca de 15% do todo.

40% dos pedidos são de Lisboa e Vale do Tejo

Os motivos para o crescimento no período de Julho a Setembro prende-se quer com roubos anteriores que motivem receio de novo ataque, quer pela vontade de ter assistência permanente durante as semanas em que se está fora.

Com a procura a intensificar-se entre as classes A e B, 40 por cento dos clientes de sistemas de segurança monitorizada estão em Lisboa e Vale do Tejo, com o Grande Porto a chegar aos 30% e Coimbra aos 20%.

«A procura é muito superior nas zonas do litoral, não só devido à maior concentração geográfica, mas também pelo maior poder de compra», sublinhou Carlos Vaqueirinho, embora reconheça que há cada vez mais clientes a surgirem no Interior e em cidades como Chaves, Guarda ou Castelo Branco.