Promover parcerias entre agentes económicos para estimular o desenvolvimento de territórios desertificados é o principal objectivo do PROVERE, um programa que vai ser apresentado quinta-feira e será financiado através do Quadro de Referência Estratégico Nacional.

Em declarações à «Lusa», o secretário de Estado do Desenvolvimento Regional, Rui Baleiras, explicou que o programa, sem dotação própria, pretende estimular a cooperação e facilitar o acesso aos fundos comunitários em regiões de baixa densidade populacional, através do Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN) e dos programas de Desenvolvimento Rural e das Pescas.

O governante adiantou que a expectativa é criar empregos e promover actividades que girem em torno dos recursos endógenos.

Um exemplo disto seria o aproveitamento de uma antiga exploração mineira para a criação de um parque temático que ofereça actividades de lazer, lúdicas, culturais e de investigação.

Outra situação que poderia beneficiar do PROVERE seria o reforço das condições de navegabilidade do Guadiana, «tornando-o uma avenida para o desenvolvimento do barrocal e da serra algarvia», em que o investimento-âncora seria a oferta de cruzeiros com dormida que impulsionariam outras actividades como a gastronomia ou a oferta de produtos agro-pecuários.

«Espera-se que em torno das empresas-âncora surjam outros negócios e oferta de bens e serviços complementares», salientou Rui Baleiras.

A apresentação de candidaturas conjuntas é precisamente o que distingue o PROVERE (Programa de Valorização Económica de Recursos Endógenos) de outros programas inscritos no QREN e que beneficiam normalmente promotores isolados.

O secretário de Estado considerou que existe «um défice de cooperação estrutural entre os portugueses» que este programa visa minimizar, dando condições preferenciais de financiamento aos projectos através dos programas temáticos e regionais do QREN e dos programas de desenvolvimento rural e das pescas.

«O PROVERE não tem fundos próprios, visa sobretudo agilizar a formação de parcerias e garantir condições de financiamento mais generosas», esclareceu.