A Mota-Engil e o Grupo Soares da Costa mantêm-se no ranking das 100 maiores empresas de construção da Europa, ocupando actualmente o 67º e 100º lugares, respectivamente.

A novidade é da Somague que este ano passa também a fazer parte da listagem da Deloitte, integrada na construtora Sacyr Vallehermoso (Espanha) que ocupa a 24ª posição. Estas são algumas das conclusões da 5ª edição do estudo European Powers of Construction 2007, onde anualmente a consultora norte-americana identifica as 100 maiores empresas de construção da Europa e efectua uma análise à evolução recente e prospectiva deste sector.

Em Portugal, o sector da construção foi negativamente afectado pelo fraco crescimento económico do país, tendo-se verificado receitas na ordem dos 25 mil milhões de euros no ano de 2006, um decréscimo de cerca de 3% (840 milhões) face ao ano anterior. Mas a Deloitte destaca que o sector da construção continua a ser um empregador muito importante na economia portuguesa, representando 10% da força de trabalho em 2006.

Reino Unido continua a dominar listagem

O estudo mostra que, à semelhança do ano passado, o Reino Unido continua a dominar a lista das 100 maiores. Contudo, são as empresas francesas VINCI e Bouygues que ocupam os 1º e 2º lugares da tabela.

O sócio responsável pela área de construção, João Costa da Silva, alerta para o facto de que «apesar do domínio britânico em termos do número de empresas no ranking, as dez empresas francesas presentes na lista representam 25% das receitas totais versus um total de 21,9% afecto às empresas britânicas. Isto deve-se adicionalmente à liderança das empresas francesas VINCI e Bouygues, também à relativa fragmentação do mercado britânico».

Oitenta e três das cem empresas do ranking declararam um crescimento nas receitas, sendo que o Grupo Ferrovial de Espanha foi o que mais cresceu.

Para a Deloitte, o alargamento da União Europeia permitiu a criação de novas oportunidades de negócio, sendo por isso visíveis operações internacionais de expansão para novos mercados.

«Prevemos um crescimento das oportunidades de entrada em novos mercados nos próximos anos, particularmente no que se refere às médias empresas», acrescentam.