A Portugal Telecom está «empenhada em encontrar uma solução» para o diferendo com o governo da Guiné-Bissau em torno da Guiné Telecom e da Guinetel, disse à agência «Lusa» fonte oficial da operadora.

A mesma fonte não quis comentar a decisão das autoridades de Bissau, anunciada esta segunda-feira, de assumir a gestão das duas empresas de telecomunicações.

Recorde-se que, em comunicado, o executivo guineense anunciou a decisão de assumir a gestão da Guiné Telecom e da Guinetel, por considerar que a PT abandonou abandonou a administração das duas operadoras luso-guineenses.

O documento sublinha igualmente que o governo de Bissau indeferiu o pedido apresentado pela PT para vender as acções que detém na Guinetel a um comprador a escolher pela empresa portuguesa, mandatando os ministros dos Transportes e Comunicações e da Economia para procurarem financiadores externos para o desenvolvimento das redes de telecomunicações das duas empresas.

As empresas Guiné-Telecom (rede fixa e serviço de Internet) e Guinetel (rede móvel) são ambas participadas maioritariamente pelo governo guineense e atravessam graves problemas técnicos e financeiros.

A Portugal Telecom Investimentos Internacionais representa a parte portuguesa na Guiné-Telecom detendo 40% do capital social, sendo o Estado guineense detentor de 50% e os trabalhadores dos restantes 10% e na Guinetel, 49%.

As acções da PT encerraram a perder 1,25% para 7,88 euros.