O presidente da Confederação de Meios de Comunicação Social, Pedro Morais Leitão, disse esta quarta-feira que o sector de televisão é «deficitário» do ponto de vista económico. Por isso, garante que a lógica do quinto canal «não pode ser económica».

O responsável sublinhou que «a lógica deve ser social» e baseada na «promoção do pluralismo», afirmou durante a conferência de «Telecom e Media», que decorreu hoje em Lisboa.

«A Confederação de Meios de Comunicação Social acredita que a decisão não é económica. Se há espaço ou não (para um quinto canal) é irrelevante», frisou.

O responsável disse ainda que, o ano passado, os três operadores de televisão em sinal aberto (RTP, TVI e SIC) registaram um EBITDA de 18%, tendo em conta ainda a indemnização compensatória do canal de serviço público.

«Sem esta indemnização o rácio é de 26%», sublinhou Pedro Morais Leitão.

Recorde-se que o Governo vai conceder uma licença para um novo canal generalista. O concurso deverá ser lançado até final de 2008, no âmbito Televisão Digital Terrestre (TDT). Cofina, Controlinveste e a Zon Multimédia estão na corrida.