De acordo com a agência «Lusa», o ministro considera que os dados do desemprego são sazonais e a tendência que se tem verificado é que a partir do primeiro trimestre há alguma melhoria deste indicador e, por isso, «é natural que melhore no período central do ano», disse José Vieira da Silva, que mantém a convicção de que no final do ano a meta do Governo seja alcançada.
«Tudo irá depender da resposta da economia e de Portugal conseguir atravessar esta fase mais difícil», sublinhou o governante.
Em 2007, a taxa de desemprego em Portugal ficou em 8,4%.
O ministro referiu ainda que a ambição do Governo é colocar Portugal em níveis históricos, apontando para uma taxa de desemprego próxima dos cinco por cento, mas nesta fase «sabemos que é preciso que a economia responda».
Menos 42 mil desempregados
Em conferência de imprensa no Ministério do Trabalho, Vieira da Silva disse que os números divulgados esta sexta-feira mostram «uma dinâmica que já não acontecia em Portugal há muito tempo».
«São menos 42 mil pessoas desempregadas e mais 55 mil postos de trabalho criados. É indiscutível que são dados positivos. Pelo segundo trimestre consecutivo o desemprego baixou em Portugal, o que já não acontecia há muitos anos», destacou o ministro.
Ainda assim, Vieira da Silva disse que o Governo encara com «prudência» estes dados devido à situação «mais difícil que as economias portuguesa e internacional estão atravessar».
Segundo o Instituto Nacional de Estatística (INE), a taxa de desemprego situou-se nos 7,6% no primeiro trimestre do ano, o que traduz uma queda de 0,8 pontos percentuais face ao mesmo trimestre do ano anterior.
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