Poucas horas antes, outro grande fabricante alemão, a BMW, anunciou também que 26 mil trabalhadores de quatro unidades de produção na Alemanha estarão em regime de trabalho reduzido em Fevereiro e Março.
Com esta medida, a BMW reduzirá a produção em 38 mil veículos, poupará nas despesas e evitará despedimentos, disse um porta-voz do fabricante bávaro esta terça-feira, em Munique.
Os trabalhadores da BMW afectados pela decisão de reduzir temporiamente o horário de trabalho deverão receber cerca de 93 por cento do seu salário bruto, graças a subsídios do estado ao trabalho precário.
Caso a soma do salário relativo ao número de horas de laboração e do subsídio ao trabalho precário seja inferior a 93 por cento do salário líquido, a BMW comprometeu-se a repor a diferença.
Esta foi uma das condições para o Sindicato dos Metalúrgicos e a comissão de trabalhadores da BMW darem o seu acordo às restrições propostas pela administração.
Tal como outros fabricantes de automóveis alemães, a BMW pondera igualmente recorrer ao fundo de garantias do Estado para as empresas, foi também anunciado.
O fundo de 100 mil milhões de euros para avales a empresas foi anunciado pelo governo federal a 12 de janeiro, no âmbito do segundo pacote anti-crise.
Um porta-voz da BMW esclareceu que as garantias não se destinam à construção de veículos, mas sim a obter empréstimos para o banco da BMW que permitam financiar compras a prestações.
Além da BMW, a Volkswagen está a pensar recorrer também ao fundo de garantias do Estado, em acção coordenada pela Confederação da Indústria Automobilística Alemã (VDA).
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