O Chelsea venceu esta quinta-feira o Manchester United, em Stamford Bridge, por 4-3, num jogo espetacular, com duas reviravoltas sensacionais, num jogo impróprio para cardíacos. Os Blues entraram melhor, marcaram dois golos, mas a equipa de Old Trafford empatou o jogo antes do intervalo, com um golo de Bruno Fernandes, e virou mesmo o resultado já na segunda parte com Garnacho a bisar no jogo. No entanto, já em tempo de compensação, o Chelsea ainda foi a tempo de marcar dois golos e reclamar os três suados pontos.

Um jogo incrível, com três fases distintas, muita emoção e sete golos.

Duas equipas com trajetos decepcionantes na Premier League está época, sobretudo o Chelsea, afundado num 12.º lugar, embora já não perdesse há cinco jogos, desde que perdeu a final da Taça da Liga, no prolongamento, para o Liverpool (0-1). Os Blues entraram melhor no jogo e adiantaram-se no marcador, logo aos 4 minutos, num lance que começa num passe de Enzo Fernández e que termina com um remate seco de Gallagher.

Mais quinze minutos e novo golo dos azuis, desta feita, com a assinatura de Cod Palmer, desde a marca dos onze metros, a punir uma falta de Antony na área. Guarda-redes para um lado, bola para outro e o Chelsea parecia, nesta altura, lançado para uma vitória tranquila.

Puro engano. O United acordou tarde, mas foi ainda a tempo de empatar o jogo antes do intervalo, com um crescimento assombroso no jogo. Garnacho, uma das figuras deste jogo, deu o mote, aos 33 minutos, depois de um mau passe de Caicedo que permitiu ao argentino arrancar para a área do Chelsea e reduzir a diferença com um remate cheio de convicção.

Um golo que moralizou o United que acentuou a pressão sobre o Chelsea para chegar ao empatem cinco minutos, com um golo cem por cento português, com Diogo Dalot a cruzar da esquerda para bruno Fernandes cabecear cruzado junto ao segundo poste. Estava feito o empate. Em dois tempos, o Chelsea deixou escapar uma vantagem que chegou a parecer sólida.

O intervalo chegava com um diplomático empate, mas com o United por cima do jogo. A reviravolta chegou já na segunda parte, ao minuto 67, com Antony a cruzar largo da direita, para a entrada fulgurante de Garnacho que, com apenas Petrovic pela frente, desviou de cabeça e foi sentar-se juntos nos painéis publicitários com as mãos nas ancas e com os adeptos do United em total delírio.

O jogo seguiu intenso, com oportunidades nas duas balizas, mas o Manchester United, com os minutos a correrem para o final, parecia ter a vitória no bolso. No entanto, ainda houve tempo para novo golpe de teatro. Aos 90+8, Madueke fugiu a Diogo Dalot e acabou derrubado na área pelo lateral português. O lance ainda foi ao VAR que acabou por confirmar o segundo penálti, novamente convertido por Palmer, com classe, atirando para o lado contrário de Onana.

Já nos descontos sobre os descontos, o Chelsea acabou mesmo por virar novamente o resultado, com o United de cabeça perdida a permitir que Palmer, a passe de Enzo Fernández, chegasse ao hat-trick com um remate de fora da área. Delírio total em Stamford Brigde, com o treinador Mauricio Pochettino a sair a correr para ir festejar com os seus jogadores.

Um resultado que compromete praticamente as aspirações do United ainda de chegar ao quarto lugar [fica a onze pontos do Aston Villa] e que permite ao Chelsea subir até ao 10.º lugar e ficar a apenas cinco pontos do rival de Old Trafford.

Confira a classificação da Premier League