A bolsa nacional já acentuou as perdas desta manhã e segue a derrapar mais de 6%, depois de já ter tocado mínimos desde 2004. Os mercados vivem atormentados com os receios de que a crise no crédito se agrave. A Galp Energia tomba quase 12%.

A noite negra nos mercados asiáticos já fazia antever que o acordar na Europa não ia ser fácil. O japonês Nikkei perdeu 4,25% e o Hang Seng de Hong Kong deslizou 4,67%.

Em Lisboa, o índice PSI20 recua por esta altura 6,84 por cento para os 7.207,61 pontos, com todos os títulos a cair, numa sessão em que algumas das cotadas derrapam já mais de 10%. Este é valor mais baixo desde 2004.

Perdas europeias chegam quase aos 6%

Na restante Europa, a praça alemã cai 5,65%, mesmo depois de o governo alemão e o sector bancário daquele país terem chegado a acordo para um reforço de 50 mil milhões de euros destinado a uma linha de crédito para evitar a falência do Hypo Real Estate.

A praça inglesa perde 5,45%, a espanhola recua 4,48% e a francesa derrapa 5,88%, depois do banco francês BNP Paribas ter anunciado que tomou o controlo da Fortis na Bélgica e Luxemburgo, devido à crise que se vive.

Por cá, o destaque vai para a Galp Energia que tomba 11,73% para os 9,57 euros, com os preços do petróleo a caírem quase 4 dólares nos dois lados do atlântico.

A penalizar estão ainda os pesos pesados. A EDP desliza 7,81% para os 2,48 euros, o BCP desce 9,29% para os 1,02 euros e a Portugal Telecom recua 2,52% para os 6,83 euros.



Nota ainda para os títulos da Sonae SGPS e BES que desvalorizam 8,10% e 8,00%, respectivamente.

Nos Estados Unidos, os futuros apontam para uma abertura em queda, mesmo depois da Câmara dos Representantes do Congresso dos EUA ter aprovado a versão corrigida do Plano Paulson, com 263 votos a favor e 171 contra.