O nervosismo voltou às bolsas um pouco por todo o mundo esta segunda-feira, perante novos receios de uma recessão.

Depois do banco Bear Stearns ter anunciado na passada sexta-feira uma repentina e significativa deterioração da sua liquidez, os investidores reagem com preocupaão.

O JPMorgan Chase acordou comprar o banco norte-americano por 240 milhões de dólares (155 milhões de euros), para evitar um efeito dominó que acabasse por afectar também outros bancos.

A Fed também tomou medidas para evitar um colapso nos mercados. No domingo decidiu cortar a taxa de desconto cobrada aos bancos comerciais que se financiam junto do banco central para 3,25%, uma descida de 25 pontos base.

Mas nem isso conseguiu acalmar o nervosismo dos consumidores. E a ajudar ao pior estão os sucessivos máximos do petróleo e os consecutivos mínimos do dólar. Os temores da crise fazem-se sentir nas bolsas um pouco por todo o mundo e Lisboa não é excepção. Em Lisboa o PSI20 começou a sessão a cair 2,39 por cento e por esta altura já acumulou perdas ao derrapar 2,54% para os 9.915,10 pontos, com todos os títulos a perderem.

Lá por fora, o IBEX espanhol cai 2,17%, o FTSE inglês recua 2,00%, o DAX alemão perde 0,75% e o CAC francês desliza 2,59%, depois do fecho pessimista dos mercados asiáticos. O Nikkei cedeu 3,71% e o Hang Seng desvalorizou 5,08%.

Por cá, a liderar as perdas está o BES que recua 4,42% para os 10,69 euros. Na restante banca, o BPI desliza 2,30% para os 3,17 euros e o BCP cai 2,55% para os 1,72 euros.

Nas telecomunicações, a Portugal Telecom é a mais penalizada. A operadora portuguesa recua 3,88% para os 7,29 euros. Também a Zon Multimédia perde 2,82% para os 6,89 euros, enquanto a Sonaecom cede 2,75% para os 2,12 euros.

O peso pesado EDP não escapa e também leva cartão vermelho ao desvalorizar 1,90% para os 3,61. Ainda no sector, a Galp cai 1,32% para os 14,95 euros.

Nos Estados Unidos, os mercados encerraram a perder na passada sexta-feira. O Dow Jones cedeu 1,96% e o índice tecnológico, Nasdaq, deslizou 2,09%, depois do presidente dos Estados Unidos, George W. Bush ter reconhecido que a maior economia do mundo atravessa um «período difícil».