O pretexto foi a recordação de Chernobyl, a propósito dos 25 anos do acidente nuclear. A partir daí surgiu-nos a ideia de ir à procura de histórias de futebol nas grandes tragédias. Começámos obviamente em Chernobyl, na terça-feira, onde descobrimos que até Shevchenko sofreu com as radiações.

Na quarta-feira descobrimos que das ruínas de Nagasaki se construiu um estádio, mas descobrimos também que logo após o fim da Guerra Mundial houve um jogo nessas mesmas ruínas. No Haiti encontrámos a pobreza de um paraíso amaldiçoado por Deus e ouvimos que o futebol pode ser cruel... e racista.

No último dia visitámos a página mais sangrenta: Auschwitz. Sim, no campo da morte nazi também se jogava futebol. Ouvimos um sobrevivente judeu de 82 anos recordar como o homem podem ser cruel com o seu semelhante e contámos a vitória mais triste da vida do Dínamo Kiev.

Venha daí nesta viagem: o futebol chega onde nunca imaginou.

Chernobyl: quando o futebol sucumbe à catástrofe

Nagasaki: quando das ruínas se fez um estádio perfeito

Haiti: o futebol num inferno que sobrevive a si mesmo

Auschwitz: a perversão do futebol no campo da morte