O Famalicão voltou a vencer em casa três meses depois. Dois golos de cabeça de Cádiz valeu à formação minhota a conquista dos três pontos e a fuga aos lugares de descida. Adrien Silva foi pouco feliz no regresso à competição após vários meses sem jogar. Em cima dos 90 foi chamado para converter a grande penalidade que valia o empate ao Rio Ave e falhou.

Os vilacondenses até entraram melhor e adiantaram-se no marcador através de um penálti convertido por Aziz. Cádiz respondeu de imediato e fez de cabeça o empate. A igualdade manteve-se até à segunda metade, altura em que Cádiz, uma vez mais, voltou a cabecear para o triunfo.

Início de jogo a todo o gás

João Pedro Sousa fez apenas uma alteração no onze, já esperada, em relação à equipa que empatou em Faro. Martin rendeu o castigado Nathan. Já Luís Freire usou a velha máxima do futebol, equipa que ganha não se mexe, e manteve o onze que bateu o Casa Pia na ronda anterior.

O Rio Ave, moralizado com o triunfo diante dos casapianos e que valeu a saída da zona de play-off, entrou cheio de vontade de dar continuidade à recuperação. E a entrada dos vilacondenses foi forte. Com mais bola e mais aproximações à área contrária, chegaram ao golo através de uma grande penalidade. Alertado pelo VAR e depois de consultar o vídeo, Artur Soares Dias apontou para a marca dos onze metros, castigando falta de Luiz Júnior sobre João Teixeira.

Aziz, chamado à conversão, não perdoou. A resposta do Famalicão enérgica e rápida. Três minutos depois, Sorriso ganhou o lado esquerdo e cruzou com a medida certa da cabeça de Cádiz, que fez a igualdade. O jogo prometia muito, mas os golos parecem ter adormecido as equipas ou tornou-as mais cautelosas e, até ao descanso, o entusiasmo esfumou-se. A exceção que confirmou a regra foi um cruzamento/remate de Chiquinho que obrigou Jhonatan a aplicar-se.

Regresso pouco feliz de Adrien

Pouco ou nada mudou no reatamento. As duas equipas continuavam retraídas e a arriscar pouco. Luís Freire foi o primeiro a mexer, refrescado o meio-campo e a ala esquerda. No entanto, acabou por ser o Famalicão a chegar ao golo. Depois de uma má reposição de bola de Jhonatan, Chiquinho entrou na área pelo lado direito cruzou, o esférico desvia em Miguel Nóbrega e desviou para a baliza. O guardião rioavista, com uma palmada ainda evitou o golo, mas, na recarga, Cádiz voltou a cabecear para o fundo das redes.

O treinador vilacondense voltou a mexer, fazendo regressar à competição o campeão europeu Adrien Silva. A formação de Vila do Conde pegou no jogo e remeteu os famalicenses à sua linha defensiva. Boateng, acabado de entrar, obrigou Luiz Júnior a uma excelente estirada após cabeçada. Pouco depois, foi Francisco Moura, com um corte defeituoso, a obrigar o guardião dos minhotos a aplicar-se e a defender para canto.

Os da casa tentava sair em contra-ataque e João Pedro Sousa refrescava os da frente para manter a dinâmica ofensiva. Contudo, foi o Rio Ave a ter uma oportunidade de ouro para chegar à igualdade. Vrousai foi puxado na área por Puma Rodriguez e o árbitro assinalou penálti. Chamado à conversão, o experiente Adrien permitiu a defesa de Luiz Júnior. O esférico bateu no poste, voltou ao médio que recarregou por cima. Foi o canto do cisne vilacondense, que acabou por sair de Famalicão sem pontos. Os locais respiram de alívio.