A saúde é definida pela OMS - Organização Mundial de Saúde - como «o estado de completo bem-estar físico, mental e social e não somente ausência de enfermidade ou invalidez».

Na medicina dentária esta definição tem vindo a assumir cada vez maior importância, sobretudo no que respeita ao paciente desdentado total.

O edentulismo (ausência de dentes) é um problema que afeta a população a nível mundial e não está somente relacionado com a falta de cuidados de saúde oral, traumatismos e doenças, como a cárie e a doença periodontal, mas também com a idade. O edentulismo varia entre as raças, entre os povos de diferentes países, consoante a idade e condições

socio-económicas. Nova Zelândia, Reino Unido e até mesmo a Suécia, países considerados altamente desenvolvidos, onde as pessoas têm uma boa assistência de saúde, apresentam elevados índices de edentulismo entre os idosos. Em termos estatísticos, segundo a Ordem dos Médicos Dentistas, em Portugal, a população com mais de 65 anos tem uma taxa de edentulismo total ou parcial de cerca de 60%.

As perdas dentárias acarretam sérios problemas. Afetam a mastigação e a digestão de alimentos (dificultando cortá-los, triturá-los e moê-los), acabando por sobrecarregar o estômago e o intestino, podendo causar problemas mais graves, tais como o aparecimento de úlceras gástricas.

Afetam a fonética, levando a uma dificuldade em pronunciar determinadas letras e sílabas das palavras, e comprometem a imagem do indivíduo. Uma pessoa que não tem dentes tem comprometida a sua aparência, o que acaba por afetar a sua autoestima. É bastante comum que os portadores de próteses

removíveis tenham vergonha de ser vistos sem as mesmas e de mencionar que as usam. A maioria destas pessoas tem problemas em utilizá-las, quer pelo desconforto de ter um elemento instável na boca e que muitas vezes cai com a fala ou balança durante a mastigação, quer pela contínua reabsorção do osso e perda de suporte que conduzem, com o tempo, a uma desadaptação cada vez maior e ao aparecimento de feridas. Este processo leva a que alguns pacientes deixem de suportar por completo este tipo de próteses.

Felizmente, os maiores avanços técnicos em saúde oral têm-se registado na reabilitação destes pacientes. A utilização de implantes dentários que funcionam com «raízes falsas»

veio revolucionar a medicina dentária na medida em que permite, atualmente, evitar em todas as situações a utilização de próteses removíveis e as inúmeras desvantagens

associadas ao uso das mesmas.

Leia tuda na edição impressa disponível para download