Contratado este verão, depois de uma época emprestado ao Sporting pelo Inter de Milão, João Mário chegou ao Benfica e impôs-se de forma autoritária no onze de Jorge Jesus.

O médio português tem sido um dos grandes destaques deste início de época das águias e, em entrevista à BTV, mostrou-se surpreendido com a grandeza do clube.

«Conhecia o clube, mas não por dentro. Talvez me tenham surpreendido as infraestruturas e a organização que o Benfica tem. Surpreendeu-me bastante a grandeza do clube, e sem dúvida que o Benfica tem todas as condições e dá todas as condições para os jogadores estarem focados naquilo que controlam: o trabalho de campo, o treino e o jogo», começou por dizer.

O jogador de 28 anos garantiu que assinou pelos encarnados «de consciência tranquila» – numa decisão «difícil, mas acertada» –, agradeceu a Jorge Jesus, treinador que já conhecia e que tem sido fundamental na sua adaptação, e falou sobre a importância do apuramento para a fase de grupos da Liga dos Campeões.

«Não estive no Benfica na época passada, mas sei o que aconteceu. Portanto, havia uma grande pressão para atingirmos o primeiro grande objetivo da temporada. Foi um mês muito difícil, com muitos jogos. (…) Se não entrássemos na Liga dos Campeões, podia criar alguma instabilidade, tanto para os adeptos como para a equipa. Sentíamos o peso dessa responsabilidade, o Benfica é uma equipa que tem de estar na Liga dos Campeões. (…) Um pouco devido a essa pressão, no final do jogo [em Eindhoven] houve um certo alívio para todos», confessou.

«Todos têm noção de que o primeiro grande objetivo do Benfica é ser campeão nacional. Não nos adianta fazer um grande jogo com o Barcelona e não ganhar os jogos em Portugal. Não vou falar dos jogos grandes, porque aí a motivação está no máximo, mas também temos de ter motivação para ganhar os outros jogos, porque são esses que nos dão o título. Claro que acredito que o Benfica pode sempre fazer uma grande campanha na Champions, mas o grande objetivo é ser campeão Nacional», prosseguiu.

De regresso aos convocados da Seleção Nacional, João Mário assume o objetivo de estar no Mundial 2022: «A esperança nunca a perco, porque sei que tenho qualidade para jogar na seleção portuguesa. Faço, de alguma forma, parte daquele grupo. Tem, muitas vezes, a ver com momentos de forma e escolhas do selecionador. Sinto-me mais confiante este ano, sinto que as coisas me estão a correr bem e tinha a esperança de ser convocado. A seleção portuguesa, hoje em dia, é uma das mais fortes do mundo, só podem ser convocados 23 ou 25 jogadores e temos de respeitar os momentos de forma de outros jogadores.»