Um momento de frustração e nada mais do que isso. Foi desta forma que Fernando Santos se referiu ao momento protagonizado por Cristiano Ronaldo logo após o final do jogo com a Sérvia, no qual o capitão da Seleção atirou a braçadeira para o chão.

Na antevisão ao jogo com o Luxemburgo, o selecionador nacional foi questionado se o avançado vai continuar a capitanear a equipa das quinas depois do gesto que teve e a resposta, depois de um prolongado riso, não poderia ser vai clara. «Vai manter, vai! O Cristiano é um exemplo nacional e vocês [jornalistas] já o escreveram milhares de vezes. Quando jogadores novos vêm às conferências de imprensa, perguntam-lhes sempre como é que é o Cristiano: e eles respondem todos da mesma maneira. Um exemplo no trabalho, no treino, na forma como recebe. É um exemplo para todos, como também o é na sua vida social», começou por dizer em defesa do avançado da Juventus.

Para Fernando Santos, Ronaldo não ultrapassou limites de respeito. «Se o Cristiano tivesse ofendido o selecionador nacional, os seus colegas ou a Federação Portuguesa de Futebol com um gesto irrefletido, aí teríamos de pensar, de olhar e de ver. [Mas] Não aconteceu nada disso. O que aconteceu foi um momento de frustração de alguém», vincou, referindo que a reação do jogador foi normal para um jogador que «dá tudo pela Seleção».

A seguir, o selecionador disse que ao longo da sua carreira apenas deixou de contar com um jogador por motivos disciplinares. «Substituí-o e ele atirou a camisola para o chão. E isso e é uma ofensa ao treinador, ao clube e aos adeptos do clube. Não foi isso que o Cristiano fez. E ele foi o primeiro a reconhecer que não o devia ter feito. (...) Se o gesto é bonito em si? Obviamente que ninguém vai dizer que sim. Agora, pôr em causa se o Cristiano vai ou não vai ser o capitão?!», rematou.