Fernando Santos deposita uma «confiança inabalável» na seleção de Portugal e no «sangue lusitano» para bater o Chile esta quarta-feira e, desta forma, seguir em frente para a final da Taça das Confederações.

«Tenho sempre uma confiança inabalável nesta equipa, sempre o disse. Acredito muito no que é o espírito dos jogadores, na sua vontade, na sua determinação, a sua coragem. Com estes jogadores vou até ao fim do mundo e vou sempre à frente», destacou o selecionador na conferência de imprensa de antevisão do jogo desta quarta-feira.

Portugal e Chile estão a jogar nesta competição pela primeira vez, depois de terem conquistado os primeiros títulos nas respetivas confederações. «Não sei se era a final mais esperada, mas sempre disse que havia uma fortíssimo candidato e favorito, que é a Alemanha, campeã do Mundo, e três equipas que se posicionavam como grandes candidatos: Chile, México e Portugal. Sabemos as valias das equipas, sabemos o peso que tem esta prova para a América do Sul. Raramente uma equipa da Europa tem vencido esta competição, sabemos que o adversário tem muito esse desejo, mas vai enfrentar uma equipa com o mesmo desejo», comentou.

Duas seleções com a mesma ambição, mas bem diferentes em campo. «Têm características diferentes, não há equipas iguais. O Chile é uma equipa muito bem servida, com jogadores de grande qualidade, com um espírito muito forte no jogo, mas nesse aspeto estamos muito equilibrados. Nós também descendemos do sangue lusitano, o mais puro que há, somos grandes guerreiros, temos uma humildade enorme, temos também uma capacidade de sacrifício muito grande e temos uma inabalável dedicação pelo nosso povo. Nesse aspeto estamos igualados, depois nas características do jogo as duas seleções são ligeiramente diferentes», destacou.

Portugal revelou algumas dificuldades nas transições defensivas frente ao México, mas Fernando Santos garante que este jogo vai ser diferente. «Não podemos comparar jogos, o jogo com o México já é passado, agora temos de pensar no Chile e nas características dos jogadores do Chile que são diferentes dos mexicanos. Quando sair daqui vou dar a última palestra, mostrar mais algumas coias aos jogadores para que tenham um conhecimento perfeito sobre a equipa do Chile. Tenos de equilibrar nessas características, mas como já disse somos lusitanos, puros sangue, não temos problemas», referiu.

Portugal tem a ligeira vantagem de ter contado com mais 24 horas para recuperar. «Não me parece que seja fundamental, neste momento o cansaço tem que existir em todos. Obviamente que jogar de três em três dias, com noventa minutos, terá de ser assim. Quando se chega a uma meia-final e se está a caminho de uma final faz com que o cansaço passe para segundo plano e passa mais por contar a paixão e a cabeça», comentou.

O Chile, por outro lado, conta com um apoio mais forte nas bancadas. Para o jogo desta quarta-feira são esperados cerca de dez mil chilenos. «O Chile tem muita gente a apoiar, nós em todos os jogos tivemos sempre menos gente, mas somos valentes. Somos poucos, mas bons. Vamos procurar em campo, com esses e com todos os que estão em Portugal e pelo Mundo, dar o nosso melhor para lhes dar uma alegria», referiu.

Quanto ao regresso a Portugal, desta vez Fernando Santos não pode fazer promessas. O regresso será sempre dia 3 de julho, quer Portugal jogue a final ou apenas pelo terceiro lugar. «Só vou regressar dia 3, já não há outra solução, espero é regressar feliz», comentou ainda.