FIGURA: Cristiano Ronaldo

Dois golos decisivos no desfecho, para o triunfo que carimbou a qualificação mais rápida da história para Portugal, esta para o Euro 2024. No estádio onde Portugal venceu a Liga das Nações e onde se apurou para o Euro 2008, o atual jogador do Al Nassr, homenageado pelas 200 internacionalizações ao serviço da seleção, fez o 2-0 de penálti e bisou para o 3-1 na segunda parte, chegando aos 125 golos pela seleção nacional.

MOMENTO: Ronaldo, capítulo 125 para o apuramento (72m)

Em resposta ao golo e à melhor fase da Eslováquia no encontro, Portugal chegou ao 3-1 aos 72 minutos, com o desvio certeiro de Cristiano Ronaldo ao segundo poste. O capitão concluiu um bom lance entre Cancelo e Bruno, outras duas figuras da seleção nacional, chegando ao golo 125 pela seleção, no mesmo palco onde marcou o seu primeiro, no Euro 2004.

OUTROS DESTAQUES

Bruno Fernandes: esta seleção tem muito de Bruno e Bruno dá muito a esta seleção. Duas assistências para golo no jogo que carimbou a qualificação para o Euro 2024, a primeira num trabalho belíssimo em que sentou Ondrej Duda e a segunda após um belo passe de Cancelo, antes de assistir Ronaldo para o 3-1. Fixou adversários atrás ao tentar aparecer nas costas da defensiva durante a construção de Portugal, teve um raio de ação interessante no meio-campo e no ataque. E só não marcou por culpa de Dúbravka, que na primeira parte lhe evitou dois golos, de pé esquerdo e de cabeça.

Gonçalo Ramos: o avançado, única novidade face ao jogo de Bratislava (saiu Vitinha) abriu as contas da vitória com um belo cabeceamento aos 18 minutos, a cruzamento de Bruno Fernandes.

Martin Dúbravka: a Eslováquia saiu derrotada do Dragão, sofreu três golos, mas teve no seu guarda-redes uma das figuras do jogo. Se sofreu três, negou mais do que outros três lances em que o golo parecia certo. Exemplos não faltaram: duas a Bruno, uma a Ramos e outra a Bernardo na primeira parte ou as bolas de João Félix e Diogo Jota já para lá dos 90 minutos.

João Cancelo: exibição muito completa do lateral-direito de Portugal. Espalhou magia na primeira parte com alguns lances hábeis e tirar adversários do caminho e esteve em boa parte das jogadas de perigo de Portugal. E de tantas investidas também quis um golo que, na segunda parte, quando podia ter servido três colegas em boa posição, acabou a rematar por cima. Talento, esforço e mais uma noite a demonstrar que, na sua posição, é um dos melhores da atualidade.

João Palhinha: que verdadeiro tampão no meio-campo. Surgiu a fazer a ligação defesa-ataque pelo meio e mostrou grande atitude e compromisso defensivo, espelhado em vários cortes no miolo ou quando estendeu o seu raio de ação ao compensar quando a Eslováquia procurava sair pelos corredores.

Suslov: a entrada do n.º 7 da Eslováquia foi um dos trunfos com que a seleção comandada pelo italiano Francesco Calzona para a segunda parte. Em poucos minutos, fez o que ninguém fez na primeira parte: dois remates, ainda que não tenham ido à baliza. Mexeu com o jogo e a sua velocidade e atitude contagiou a equipa para entrar na discussão do resultado.

Lobotka: o médio do Nápoles sai sobretudo deste jogo com uma nota positiva pelo golaço que marcou de pé direito, em zona frontal, aos 80 minutos. Valeu para criar dúvida no resultado, mas de forma insuficiente para os eslovacos, no segundo golo que Portugal sofreu no jogo e nesta fase de qualificação.

Hancko: foi quem lançou verdadeiramente a Eslováquia no resultado com o 2-1 aos 69 minutos, depois de ter provocado a primeira defesa do jogo a Diogo Costa, minutos antes.